Os leprosos no tempo de Jesus eram pessoas claramente excluídas, e que não podiam ao menos ter um contato decente com suas famílias e amigos.
Ter a doença era muito triste nesta época, e ia além da doença física, também afetava o emocional.
Quer saber mais sobre como eles eram tratados e como viviam? Então vem comigo que eu te mostro um guia completo para entender este assunto.
Os leprosos no tempo de Jesus
Micose, psoríase, dermatose, eczema, micose, sarna, leucodermias e leucoplasias faziam parte das afecções cutâneas que, sendo desagradavelmente visíveis, eram consideradas pelos antigos judeus o estigma de um pecado cometido, a punição de Deus, fonte de profunda vergonha.
Portanto, os leprosos não despertavam compaixão, mas eram marginalizados pela sociedade.
Eles tinham que viver isolados e não conseguiam se aproximar de indivíduos saudáveis.
Os rabinos impunham à comunidade que o leproso não deveria ser abordado nem cumprimentado: tal era o medo do contágio, não apenas físico, mas também espiritual.
O historiador romano de origem judaica Tito Flavio Giuseppe transmitiu que, na sociedade judaica, o leproso era considerado mais ou menos como um cadáver ambulante.
Normalmente, ele vivia em cavernas ou cabanas e seu sustento era confiado à caridade de parentes, ou a pessoas misericordiosas que traziam comida e roupas para esses lugares, mas sempre permanecendo fisicamente à distância dos infectados.
Conheça duas exceções
No Antigo Testamento, a lepra não tinha uma cura. Apenas em dois casos a remediação acontece pela vontade de Deus.
Uma delas é Miriã (ou Maria), irmã de Moisés, que se atreveu a criticar em público a escolha de seu irmão por escolher como esposa uma mulher etíope (provenientes de Nubia).
“A ira de Iahweh se inflamou contra eles. E retirou-se e a Nuvem deixou a Tenda. E Maria tornou-se leprosa, branca como a neve. Aarão voltou-se para ela, e estava leprosa.” – Números 12:9, 10 (Bíblia de Jerusalém)
Mas Maria foi curada por Deus depois de sete dias.
A outra cura foi dada ao profeta Eliseu para Naamã, capitão do rei da Síria, para quem “desceu, pois, e mergulhou sete vezes no Jordão, conforme a ordem de Eliseu; sua carne se tornou sadia como a de uma criança e ficou limpa”. (2 Reis 15:14)
Superando a lei mosaica
Com a figura de Jesus, no Novo Testamento, o registro é completamente mudado e a nova atitude de Cristo para com os pacientes de lepra é justamente indicar a superação da grave lei mosaica.
Purificando os leprosos e reinserindo-os na comunidade, Jesus abole, por um ato miraculoso, a separação entre o puro e o impuro.
Entre as muitas curas realizadas por Cristo, a do leproso é um dos mais famosos milagres realizados na Galileia, e foi transmitida pelos Evangelhos Sinópticos:
“Ao descer da montanha, seguiam-no multidões numerosas, quando de repente um leproso se aproximou e se prostrou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tens poder para purificarme”. Ele estendeu a mão e, tocando-o disse: “Eu quero, sê purificado”. E imediatamente ele ficou livre da sua lepra.” (Mateus 8:1-3)
O toque de Cristo
Com os doentes, Jesus age em segredo e nos bastidores. Ele nunca tenta fazer espetacularização da dor humana. Jesus toca, espalha lama, respira, leva os doentes e os marginalizados pela mão.
Nessa situação, ele não precisou tocar as feridas da lepra para curar aquele homem: se em outros casos, Jesus até cura à distância, nesse caso a doença é muito mais que uma física, porque afeta profundamente a psique do paciente.
As feridas morais de serem evitadas, observadas com horror, de não serem mais abraçadas, acariciadas são as mais profundas. Não é fácil tocar uma pessoa doente, qualquer pessoa doente.
Muito menos tocar um leproso, Jesus não teve medo, dado o costume que proibia a abordagem dos pacientes de lepra. Jesus, portanto, não apenas cura o leproso, ele mostra como os leprosos deveriam ser tratados.
O motivo da reprovação
Ser do grupo de leprosos no tempo de Jesus era uma coisa triste demais, mas Cristo mostrou que isso não tinha nada a ver com a falta do amor de Deus. Ele repreende o antigo leproso por acreditar que Deus o teria excluído do seu amor.
E ele o afasta do lugar simbólico, da sinagoga, da instituição religiosa, que, em vez disso, ensinou a terrível imagem de um Deus que ameaçou, castigou e distanciou pessoas dele.
Como ele poderia acreditar que ele foi abandonado por Deus?
Se Cristo prescreve ofertas legais aos sacerdotes, ele o faz por meio de testemunho, para que os religiosos judeus possam ver tanto seu respeito pela lei como por seus poderes miraculosos.
Também os Doze Apóstolos receberão de Cristo a ordem e o poder de curar a lepra para mostrar, com este sinal, como o Reino de Deus havia chegado.
Conclusão
Sem dúvidas, esta é uma situação triste, que aconteceu com os leprosos no tempo de Jesus, mas que com certeza nos ensina uma valiosa lição. Que a humildade e compaixão de Cristo penetre nosso coração e permaneça nele enquanto vivermos!
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